APARECIDA COTRIM AMARAL 



Minha história com a poesia

Meu nome é Aparecida das Graças Cotrim Amaral, nasci em 17 de julho de 1956, em Guanambi, Bahia, às 21 horas. Meus familiares, tanto paternos como maternos, apreciam a leitura. Tenho belas lembranças do meu avô materno recitando Castro Alves comigo em seu colo. Ele dizia: “Esse sim, minha neta, que é um homem de verdade!”.
Aos quatro anos de idade, minha mãe me ensinou uma poesia de sete estrofes com quatro versos (parecia interminável!), para homenagear o Dia dos Pais. Lembro que foi algo sensacional! Eles me colocavam em cima de uma mesa da casa e eu recitava (sem errar!) aqueles versos. Lembro dos meus familiares me aplaudindo, elogiando e fazendo mimos. Acho que ali eu já sabia que a poesia estava impregnada na minha alma para sempre...
Fiz alguns versos na adolescência, que ficaram perdidos em alguma gaveta. Em 1990, participei de um concurso nacional de poesia denominado “Castro Alves de Poesia”, promovido pelo CEPA (Círculo de Estudo, Pensamento e Ação). Recebi menção honrosa ao figurar entre os 50 melhores concursistas do país.
Aos poucos, as poesias foram retornando para a gaveta. Durante 23 anos, ela foi aberta poucas vezes. Foi somente após a ida do meu filho caçula para a Austrália, há três anos, que os versos voltaram por definitivo. Hoje, enquanto corre o tempo, faço poesias.
CRIANDO desde já
Creating from now   Para Celene e Marcia



Tapete Mágico

No jardim de infância
Além das cantigas de roda
 Lápis cera, giz e massa de modelar
 Tinha o meu Tapete Mágico
De pano estampado e babado No jardim de infância Além da amada professora Uma sala grande, limpa e acolhedora Tinha o meu Tapete Mágico Com travesseiro acolchoado No jardim de infância Além da magia dos fantoches Cavaletes, papel marche e pinceis Tinha o meu Tapete Mágico Costurado com esmero e afeto No jardim de infância Além de tantas lembranças Histórias “Era uma vez...” Tinha meu Tapete Mágico Refúgio do meu sonho predileto No jardim de infância Além dos aplausos de todos Ao som do chocalho, violino e violão Tinha meu tapete Mágico Para o meu aconchego no chão Nos jardins da vida de fora a fora Além de flores, ervas daninhas Lagartas em transmutação Trago comigo o Tapete Mágico Multicolorido de reais histórias Onde o amor acalenta a dor Um acalanto para o meu coração De: Aparecida Amaral

Brilha uma estrela 
Aparecida você nos faz feliz!





            ANA LUZIA ALMEIDA ,VÁRIOS TONS DE POESIA








Cheganças de alinhavos

O tempo das saúvas chegara. O verde  quase inexistia. A túnica, os olhos aflitivos, as mãos de pássaro... tudo que era verde recolhia-se....
O tempo das saúvas chegara. Rasgos de árvores no chão desfiavam a trilha de uma paz bem acabada.
Sim. O tempo das saúvas chegara.
E as palavras conheciam tramas quietas de outros bordados.
Eram de aço, as palavras.
e conversavam com a areia fina
e liquefaziam os desertos.
Sim. O tempo das palavras chegara.
E era de figo, o encantamento das saúvas.

Ana Luzia Almeida Almeida 



                                                SUA PRESENÇA NOS ENGRANDECE



UMA PRESENÇA SÁBIA ENTRE NÓS: ANTONILA CARDOSO















BIOGRAFIA DE ANTONILA



Antonila da França Cardoso – Nasceu em Juazeiro-BA, em 21.11.1936, numa família de educadores. Bacharel em Educação Religiosa, pelo STBNB, em Recife e licenciada em Filosofia e Letras, pela Universidade Católica de Pernambuco,  atuou como professora de 2º grau e Faculdade, em Juazeiro e Petrolina-PE. Em 1966, venceu o Concurso Literário da Associação dos Universitários Juazeirenses, com o texto lírico “A Criação”. Co-autora das antologias “E nós, para onde vamos?” Volume 2, “RE-VISTA – velha poesia nova” e “Bom é ter Esperança”. Em meados de 1972/73, assinou a coluna “Cá entre nós”, no semanário juazeirense “RIVALE”. Em 2004, assumiu a Coordenação do “Projeto Social Vida com Esperança”, no bairro de Pituaçu, em Salvador. Como voluntária, assessorou por 3 anos o “Clube de Leituras”, da Biblioteca Comunitária Esperança, no mesmo bairro.
Livros publicados: “Os meninos se divertem” – recreação orientada para crianças de 8 a 12 anos. “Nosso Vale... seu folclore beira-rio” – acervo cultural recolhido nas cidades e povoados ribeirinhos que seriam submersos pela Barragem de Sobradinho e adjacências. “Uma Luz na Educação” – edição comemorativa dos 50 anos do Colégio Dr. Edson Ribeiro, em Juazeiro. “Umas e Outras Crônicas” e
“Criancices” – um livro infantil em versos.
Em 2015 retornou à sua cidade de origem, onde é membro da Academia Juazeirense de Letras.  No momento, está concluindo novo livro de crônicas.




                             UM TEXTO DE ANTONILA CARDOSO




 UM MENSAGEIRO INCONVENIENTE
 A notícia foi transmitida no jornal televisivo do meio dia. Os ladrões surpreenderam o dono da casa, na saída da garagem. A família inteira foi amarrada e obrigada a deitar-se num sofá, coberta por lençóis, enquanto eles saqueavam a residência. Um adolescente conseguiu enviar mensagem pelo celular para sua namorada, que acionou a polícia e esta conseguiu surpreender os bandidos em plena ação e prendê-los.
 Atualmente os aparelhos celulares abrangem uma área de utilizações tão grande que me pergunto como pudemos viver tanto tempo sem sua existência. Eles facilitam grande parte de nossas tarefas diárias, fazendo agendamentos ou cancelamentos de compromissos, sendo elos entre os membros da família, auxiliares eficientes nas diversas áreas profissionais e facilitadores da comunicação no mundo inteiro.
 Entretanto, com seu posterior barateamento e conseqüente vulgarização, esses aparelhinhos bandearam-se para o uso popular generalizado, fizeram-se indispensáveis e até controladores das ações alheias, tornando-se o grande vilão da privacidade dos indivíduos.
 Nos restaurantes, nos consultórios, nas reuniões e até nas igrejas, as pessoas desligam-se do ambiente, inclinam-se sobre seus aparelhinhos e vão escrevendo suas mensagens. Quando se trata do whatsapp, o auto-corretor de texto se antecipa e, a seu bel prazer, vai substituindo as palavras digitadas por outras que se lhes assemelham na forma, mas cujo sentido é deturpado e, às vezes, até indecoroso ou comprometedor.
 Quando ligados, seu toque fere o silêncio das bibliotecas, das igrejas, dos hospitais, interrompe aulas, palestras, conferências e se faz presente em todos os tipos de eventos, distraindo participantes e incomodando preletores.
 Nos cinemas, vez por outra, sua incômoda musiquinha faz a platéia reagir com irritados pssssssssssssssssius. Apesar de o pedido “por favor, queiram desligar seus celulares” já fazer parte da abertura dos espetáculos artístico-culturais, ainda é possível  sofrer constrangimentos  como o de um  maestro  mundialmente famoso que interrompeu  a  apresentação  de  sua  orquestra  sinfônica  e voltou-se para a platéia, literalmente desconcertado pelo desrespeito à arte e ao ambiente.
 Indiferentes à privacidade e ao bem-estar dos que as cercam, as pessoas vão entregando a esses mensageiros-mirins todos os seus assuntos pessoais.
 Nos transportes coletivos, os passageiros ficam sabendo o que seus portadores fazem, para onde se dirigem, com quem vão-se encontrar e em que horários, tudo porque os usuários dos celulares falam em voz alta  e alguns até gesticulam.
 Na sala de espera dos consultórios médicos, mães zelosas lembram às babás que já está na hora do banho ou da papinha do neném; querem saber se alguém telefonou para o aparelho fixo, se já separou a camisa que o filho vai vestir para ir ao cursinho e uma série de providências que poderiam ter sido resolvidas antes de deixarem suas residências.
 Os empresários, por sua vez, ligam para o escritório querendo saber se o expediente está fluindo normalmente, se um certo contrato foi fechado, se já foram depositados os cheques daquela data, se há alguma promissória com prazo a vencer etc., etc. E os  jovens, em qualquer lugar público, contatam seus colegas, em plena sala de aula, para detalhar as razões de sua ausência, perguntar que assunto o professor está explicando, confirmar quem vai jogar a pelada no fim da tarde e, muito à vontade, vão narrando as últimas piadas do whatsapp.
 Assim, por conta do uso abusivo desses aparelhinhos, chegamos a nossa casa com um acervo de informações indesejadas, algumas até inconvenientes, impostas pelas conversas públicas com que nos brindam os usuários – súditos fiéis dos telefones celulares.



ANTONILA CARDOSO É UMA HONRA TÊ-LA NA NOSSA SELETA










A POETA E PRODUTORA CULTURAL, IVONE SOL






Ivone Alves Sol



Deusa da noite


Tragam-me as chaves da noite
Quero os céus abertos – todos
Soltem os deuses de sua corte
Encerrem os louvores do povo

Movam os tronos de lugares
Porei novos altares em cada um
Trocarei os jejuns por manjares
– Desses de bares comuns

Sirvam-nos de rum e charutos
Refuto as pitadas da razão
Não me atenho ao que escuto
Desfruto da minha visão

E se for perdição não é pecado
Os deuses do meu lado estão
Depois voltarão galhardeados
E de chaves não precisarão





SÍNTESE BIOGRÁFICA


Ivone Alves Sol é oriunda de Valente BA, residiu em Salvador durante 23 anos e hoje mora em Petrópolis, RJ.  É escritora, poeta, membro da Academia de Cultura da Bahia, membro da Academia Brasileira de Poesia – Casa Raul de Leoni, e membro do Comitê Executivo de Autores da Câmara Bahiana do Livro. É professora, produtora cultural, apresentadora de TV; atuou como locutora e na cordenação de programas de rádios AM, FM e LM, e foi Presidente da ARCOBA (Associação de Rádios Comunitárias da Bahia) durante seis anos. É autora do livro de poesias SOLvendo Sentidos, premiado como livro destaque de 2011, pela Academia de Cultura da Bahia e que já está na segunda edição; coautora de cinco livros de poesias, um de contos e um de crônicas. Dispõe de mais de 1.000 trabalhos, distribuídos nos diversos gêneros da literatura, publicados em sites e blogs literários.Membro da Academia de Letras de Petrópolis e produtora cultural de sucesso na cidade imperial.





ALMIR TOSTA,HISTORIADOR BRASILEIRO









A mais bela seleção de textos já publicada.


Lançamento em março/2018

OLHA SÓ ATRAVÉS DESTA SELETA ONDE

CHEGOU O ALMIR HÁ QUATRO DIAS 

ATRÁS.

Bulgaria arrived on "Ai, Que Saudades Que Eu Tenho!: ALMIR TOSTA,HISTORIADOR BRASILEIRO".
Confira no nosso feedjit.






Almir Tosta é natural de Petrópolis
 - RJ, Engenheiro, Pós-Graduado em Engenharia Econômica e especialista em Projetos Industriais e em Sistemas de Controle de Qualidade para Plantas Petroquímicas. Funcionário aposentado da Petrobrás, se dedica à pesquisa e a escrita. É membro da Academia de Cultura da Bahia e do Instituto Histórico de Salvador, possuindo um vasto acervo cultural, além de oito livros publicados e vinte inéditos.


Membro da Academia de Letras de Petrópolis.



  Oito livros publicados e vinte editados. Essa é a estatística que torna notória a história de um escritor que dedicara e ainda dedica a maior parte de seu tempo à prática da leitura e da escrita.
        São anos de pesquisas e de viagens. Poucas coisas passaram despercebidas pelos olhos e pelos sentimentos de Almir Tosta. Suas obras retratam a vida do escritor em toda a sua trajetória; a história da Bahia, estado que lhe adotara em1970, em todos os tempos; e aspectos comportamentais ligados à juventude, poder aquisitivo, cultura da beleza, religião, dentre outros de ordem social.
       Embora a história da Bahia seja bastante explorada por diversos e bons autores, o escritor Almir Tosta, consegue trazer em seus livros fatos inéditos, discorridos de forma lúdica e envolvente.
      Todas as suas obras são resultados de muitas pesquisas, observações, entrevistas e vivências. E, em muitas delas, podemos fazer relevantes reflexões sobre comportamentos e causas.




Todas as narrativas desse livro estão baseadas em
submundo marginal, que estão criando neuroses coletivas e um grande massacre emocional motivado pelo medo

      O livro envereda por um tema bastante insólito, mas tem como proposta deixar um alerta, com as informações e recomendações que se fazem necessárias, para as situações de riscos que todos nós estamos submetidos. Funciona como um manual de sobrevivência, na violência da selva urbana na qual somos vítimas indefesas.






O Século XX foi pleno de ocorrências marcantes, tendo inaugurado o progresso e a modernidade na Bahia.
       O cacau se configurava como produto de maior importância na economia baiana até a descoberta do petróleo no Lobato, seguido de Catu e depois Pojuca, vindo a viabilizar a construção da primeira refinaria do Brasil e o ingresso da Bahia na era industrial.

       A produção de óleo diesel e gasolina a partir de 1955, pela Refinaria Landulfo Alves de Mataripe – RLAM e, mais tarde, a nafta como matéria prima, viabilizaram a partir da década de 1970, o início da industrialização do Pólo Petroquímico de Camaçari.A Rua Chile, passarela da moda e ponto de encontro da sociedade baiana, nos inúmeros e chiques cafés, até a metade do Século XX, esbanjava charme, elegância e glamour..
      Nesse livro, apresent
amos uma retrospectiva dos principais acontecimentos e personalidades que melhor caracterizaram esse século.






 O Livro destaca o trabalho escravo como a engrenagem que movimentou as moendas dos engenhos no ciclo do açúcar, fazendo o progresso do Brasil e tornando Salvador a mais próspera e rica cidade brasileira.
          O suor e o sangue de milhares de escravos foi o combustível que alimentou as fornalhas das usinas, num trabalho contínuo e desgastante, formando uma aristocracia baiana, abastada, rica e poderosa que ostentava todo o seu luxo, brilho e requinte, nos salões das Casas Grandes dos engenhos de açúcar do Recôncavo baiano.

NOSSA SELETA:AI,QUE SAUDADES EU TENHO!...

APRESENTANDO O POETA: DANUBIO FIALHO

                                              A INFÂNCIA REPAGINADA                                           O POETA DANUBIO FIALH...

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