ALMIR TOSTA,ESCRITOR ,HISTORIADOR E ENGENHEIRO DAS LETRAS
Sobre
o autor
Almir Tosta é petropolitano, engenheiro,
escritor, membro efetivo da Academia Petropolitana de Letras (APL), e membro da
Academia de Cultura da Bahia, estado onde morou durante 40 anos. Escreveu mais
de 20 livros e, entre os 10 publicados, está seu livro “A Bahia das tradições,
mistério, mitos e magia”, obra premiada pela APL como livro destaque em 2013.
TEXTO DE ALMIR TOSTA PARA A SELETA "OS SETE PECADOS CAPITAIS"
Os Sete Pecados Capitais
Religiosamente
falando pecado é tudo aquilo que desagrada a Deus. Dizem que alguns podem ser
tão severos que o individuo precisa fazer algumas penitências para se redimir
diante do Todo Poderoso.
A
Igreja Católica, em sua postura de administradora do Poder Divino aqui na
terra, propôs logo uma seleção do que seriam os pecados principais, os mais
hediondos, os capitais. Tomou como base os vícios de conduta aludidos nas
Epístolas de São Paulo e definiu como sete os pecados capitais. Talvez fosse
uma forma de se utilizar da crença de seus fiéis para impor seu poder de
julgamento, sua superioridade cristã. Para se garantir, tratou logo de
formalizar sua tábua dos sete mandamentos através do Papa Gregório Magno
(540-604), século VI. São eles: a avareza, a gula, a ira, a preguiça, a inveja,
a luxúria e a soberba.
Decerto
esta lista representa comportamentos que no mínimo, precisam ser ponderados.
Mas, por se tratar de mandamentos religiosos, onde se classificam os piores
delitos, nos parece um tanto conveniente que estes sejam os pecados de maior
relevância perante as normas Divinas, defendidas pela Igreja Católica. Sabe-se
também que são provenientes apenas desse seguimento religioso, embora as outras
denominações também não apreciem os pecados em alusão.
Ainda
para a Igreja Católica, os pecados capitais não são perdoáveis sem que haja
confissões e penitências, e destaca a soberba como o maior deles. Ora, se o
indivíduo é desprovido de soberba, certamente aceitará com mais facilidade as outras
proibições. O Catolicismo precisava justificar o purgatório que criara para os
infiéis. Tinha que haver fatos que justificassem seus meios abstrusos de impor
sua doutrina cristã, sem castigar suas pretensões de poder.
São
Tomás de Aquino até que tentou amenizar, contrapondo os tais pecados com
virtudes como generosidade, temperança, trabalho, tolerância, caridade,
castidade e humildade. É, como diria a Cecília Meireles, ou isto ou aquilo.
Já
que me reportei à literatura, devo ressaltar que no Século IV os pecados
capitais se tornaram popular nas telas de alguns pintores da Renascença
Italiana, e foram referências na literatura. Dante Alighieri, por exemplo,
purgou todos eles em sua Divina Comédia que o levara do Inferno ao Paraíso.
Não
faço nem um tipo de apologia a esses pecados, mas materialmente pensando,
capital mesmo, é a gula e a luxúria, que deixa o nosso bolso cheio de remorso
ao praticá-las.
É COM MUITO ORGULHO QUE TEMOS O ALMIR TOSTA NESTE LIVRO .
FELIZ ANIVERSÁRIO ,ALMIR
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